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sábado, 10 de setembro de 2011

A vida é a maior festa que existe!

Há quem pense que amar, viver e ser feliz é uma questão de sorte e depende de fatores externos à nossa vontade, do tipo " se isso ou aquilo acontecer eu vou ser ou ter".
Grande parte dos que se dizem infelizes com a vida, impõem a si obstáculos que os impedem de enxergar o quanto ser feliz custa pouco. E só depende mesmo do nosso querer.
Comemorar, festejar a vida é algo que fazemos ao nascer um novo ser e que deveria ser repetido inúmeras vezes até o fim de nossa existência. Mas os obstáculos que criamos ao longo vida acaba nos impedindo na maioria das vezes que comemoramos o dom da vida. Quantos aniversários passam em branco? Quantas oportunidades de amarmos? De sorrirmos? De vivermos mais felizes, desperdiçamos?
Precisamos mudar a postura, erguermos a cabeça e apoderarmos do direito de vivermos felizes. Cabe a cada um essa decisão, que é individual e independe de condições adversas. Afinal, a vida é a maior festa que existe! E todos somos convidados especiais.

sábado, 3 de setembro de 2011

Me libertando do vício de ser uma compradora compulsiva

Roupas amontoadas, pouco espaço e desorganização.
Peças que nunca foram usadas, algumas ainda embaladas.
   
Saldo da geral que dei no guarda-roupa esta semana.

As fotos acima ilustram a complicada realidade que me cerca. Quando criança, sem dinheiro suficiente para ter roupas, sapatos e acessórios que me permitissem um visual variado, decidi que a partir do meu primeiro emprego compraria todas as roupas da moda fazendo com que as outras meninas deixassem de comentar sobre a constante repetição das poucas roupas que eu tinha para usar. Minha família era muito pobre e meus pais priorizavam os gastos com os estudos. Naquela época, mesmo estudando em escola pública, tínhamos que comprar os livros e o uniforme completo. Hoje, o governo os dá.
Então, na minha ânsia de ter um guarda-roupa descente, passei a investir no visual ... Só que o tempo foi passando e o que era necessidade virou um vício. Me tornei uma compradora compulsiva de roupas, sapatos, cosméticos, bijouterias e tudo quanto mais fizesse parte do universo feminino.
Quando percebia o guarda-roupa super lotado, arrumava um jeito de caber mais e mais coisas até que um dia minha mãe me chamou a atenção. Não adiantou é claro! Passei a comprar e esconder. Saía de mochila para não ter que entrar com sacolas dentro de casa. Até que um dia viajei e quando voltei haviam tirado tudo do meu guarda-roupas para uma reforma no meu quarto. E foi aí que deparei-me com o volume de coisas que eu acumulava há anos e anos. Eu só comprava, não usava e nem dispunha de nada. Foi um susto e ao mesmo tempo uma vergonha que passei diante de minha família. Mesmo assim, continuei a comprar.
Um tempo depois fui ter a minha própria casa e tive que fazer a mudança às prestações, tudo só para não chamar a atenção. Dos dois guarda-roupas no meu apartamento, um eu coloquei o que eu usava no cotidiano e o outro ficou lotado de coisas muitas vezes ainda até embaladas, com etiqueta e preço.
 Porque eu só comprava e guardava. Comprava para quê? Se estava gorda, comprava pensando usar quando emagrecesse; se estava magra, comprava pensando na possibilidade de engordar. Se era inverno eu comprava para usar no verão; se fosse verão comprava o que poderia usar no inverno ... E assim toda semana ia eu atrás das liquidações e novidades. Gastava dinheiro, fazia divida no cartão, no cheque pré-datado ... Cheguei a ficar endividada e a ter dificuldades para honrar os compromissos relativos à manutenção da casa. Como dona de casa que trabalha fora, conseguia facilmente descartar o interesse por utensílios domésticos, móveis e outras coisas úteis em um lar para comprar roupas, etc e tal.
Depois de tanto agir errado caí em mim, graças a Deus, uma luz me mostrou o quanto eu estava errada. Essa luz é o meu filho, que aos 9 anos de idade, após ter passado um dia brincando na casa de um coleguinha, chegou em casa me questionando porque eu guardava minhas roupas no guarda-roupas do quarto dele. Contou que no quarto do coleguinha tinha um onde ele guardava suas roupas e brinquedos. Fiquei muda. Depois expliquei que ele tinha cômoda e um outro armário. Ofereci comprar um guarda-roupas novo para ele. Ele disse que não precisava, que já havia aquele embutido e que bastava eu retirar as minhas coisas. Foi a partir dessa conversa que comecei a pensar em desocupar aquele espaço, que comecei a ver que até a distribuição dos espaços na casa estava prejudicada pelo meu vício. Decidi não ocupar outros armários. Inicialmente diminui as compras e hoje posso dizer que elas não me atraem. Consigo ir ao shopping e voltar sem ter comprado o que não preciso.
Há dois anos venho tentando me livrar do acúmulo de coisas que comprei, não usei e nem usarei com certeza, mas não é tão fácil assim. A cada férias, dou uma geral nos armários e guarda-roupa e  retiro peças para doar. Algumas com mais de dez anos no estoque. Aos poucos estou me sentindo mais normal. Por outro lado, não posso negar que esvaziar os armários ainda me dá uma sensação de vazio, mas eu chego lá! Afinal, na vida precisamos de muito pouco para sobreviver. O nosso bem estar interior e a qualidade de vida tem que ter superioridade em nossos planos.